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Livro: Inserção Internacional Brasileira: temas de economia internacional

Written By Centro Acadêmico de Ciências Econômicas on sexta-feira, 27 de março de 2015 | 09:01

       Inserção Internacional Brasileira: temas de economia internacional

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA



         A primeira década do século XXI foi marcada pela dinâmica extraordinária de crescimento entre 2003 e 2007, pela crise financeira sistêmica do quarto trimestre de 2008 e pela rápida recuperação do crescimento econômico dos países em desenvolvimento. Esses fenômenos históricos diferenciados vêm sinalizando modificações estruturais no sistema econômico e político internacional, fruto da configuração de uma nova divisão internacional do trabalho –dada pela dinâmica da globalização financeira e produtiva – e da alteração de posições relativas de determinados Estados nacionais. Estes buscam acumular poder político e econômico na arena internacional, que persiste altamente concentrado, especialmente nos Estados Unidos – que ainda detêm 23% do produto interno bruto (PIB) global e 42% das despesas militares do mundo.
A despeito da elevada concentração e hierarquização do poder e da riqueza, a nova divisão internacional do trabalho cria condições para a emergência de novos agentes representativos no sistema internacional, tais como Brasil, Índia, Rússia, África do Sul e especialmente a China. A crise internacional de 2008 parece não ter interrompido esse processo, mas sim reforçado as tendências em curso. 
          Nesse sentido, o sistema mundial encontra-se em ponto de inflexão histórica em que convivem múltiplas dimensões econômico-produtivas e de organização da ordem internacional. Mais especificamente sobre este último aspecto, verificase que a governança global ainda permanece unipolar, dado o poder militar e econômico (moeda de curso internacional) dos Estados Unidos, só que essa unipolaridade parece estar caminhando para uma bipolaridade em virtude da acelerada ascensão chinesa. Para aumentar ainda mais a complexidade e as contradições da conjuntura histórica do sistema mundial, observam-se ensaios embrionários de multipolaridade. Para o presidente do Banco Mundial - Robert Zoellick (2010, p. 174), o aumento do poder econômico dos países em desenvolvimento exigirá uma “Nova Geopolítica de Economia Multipolar”.


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